quinta-feira, 21 de junho de 2012

INTRODUÇÃO

     Este é um trabalho de sociologia realizado por alunos do Colégio Militar de Salvador da turma 201. Com o intuito de aprender mais e de preservar a cultura nordestina, nós estamos realizando este blog. Nele, estarão contidas as principais manifestações culturais da região: carnaval, São João, frevo, dentre outras conhecidas.

CARNAVAL

O Carnaval da Bahia

O carnaval de Salvador, a primeira capital do Brasil, evoluiu como no Rio de janeiro e em diversas outras partes do país. As iniciativas tomadas para conter os abusos do entrudo português fizeram surgir os bailes dos salões, com grande destaque para as festas à fantasia do teatro São João, o corso, os cordões e blocos diversos. O ano de 1884 é considerado um marco pelos baianos devido a organização apresentada pelas manifestações populares a partir deste ano. No finalzinho do século XIX, por volta de 1894, 1895, surgiu o Afoxé, um tipo de grupo formado por negros que representavam casas de culto de herança africana e saíam às ruas cantando e recitando seqüências de músicas e letras. Os afoxés exibiam-se na Baixa dos Sapateiros, Taboão, Barroquinha e Pelourinho, enquanto os grandes clubes desfilavam em áreas mais nobres. O mais famoso afoxé é o "Filhos de Gandhy", criado em 1949 - ano do IV centenário da cidade - pelos estivadores do Porto de Salvador. O nome é uma homenagem ao pacifista indiano Mahatma Gandhy, assassinado um ano antes. A maior inovação do Carnaval da Bahia porém, foi o Trio Elétrico de Dodô e Osmar, que surgiu em 1950 e representa a consagração do carnaval de rua. A primeira apresentação foi feita em cima de um Ford 1929, com guitarras elétricas e som amplificado por auto-falantes, às cinco da tarde do Domingo de carnaval. Na verdade, o nome "trio elétrico" só surgiu mesmo no ano seguinte, quando três músicos se apresentaram em cima do tal carro. Nos anos 70 o carnaval presenciou o nascimento de grupos históricos, como os Novos Baianos e o bloco afro Ilê Aiyê, além do renascimento do Filhos de Gandhy. Era o começo do crescimento cultural do Carnaval de Salvador, que passou a enfatizar os conflitos e a protestar contra o racismo. Na década de 80, grupos como Camaleão, Eva e Olodum escreveram seus nomes na história da festa mais popular da Bahia.

O Carnaval de Pernambuco

No século XIX, surge o frevo, dando ao carnaval de Pernambuco uma identidade única no Brasil. A partir de então, operários urbanos organizaram as primeiras agremiações nos bairros populares.



No início, muitas corporações mantiveram identidade profissional: os caiadores desfilavam juntos, assim como os lenhadores. Mas, com o tempo, foram sendo criados clubes mais abertos, com nomes engraçados: Canequinhas Japonesas, Marujos do Ocidente, Toureiros de Santo Antonio.
Ao lado dos maracatus, dos ursos, dos caboclinhos, das escolas de samba, estes clubes, troças e blocos, unindo as influências europeias, africanas e indígenas, transformaram o carnaval de Pernambuco no maior caldeirão cultural do Brasil.

O Carnaval em Aracaju

Ao longo das últimas décadas (1970 - 1990) o Carnaval aracajuano existiu em diversas expressões: desfiles de escolas de samba e de blocos, bailes carnavalescos nos clubes (Cotinguiba, Iate, Associação Atlética e o Vasco), concursos de músicas e o Carnaval de rua.

Samba Império do Morro

 
Ficaram famosos os bailes do Hawai, do Tricolor, do Almirante dos Artistas e das Atrizes. Nos desfiles de rua destacaram-se as escolas de samba Império Serrano, Império do Morro, Império do Samba, Acadêmicos do Samba, Brasil Moreno, Tubarão da Praia, etc. e entre os blocos destacavam-se Italianas, Bebé, bloco da Paz, Rebu e Fera.
Haviam também os desfiles de foliões em carretas e nos famosos "calhambeques", carros usados, geralmente sem capotas, fantasiados de desenhos com frases cômicas e propagandas comercias. No final dos bailes dos clubes, no amanhecer da Quarta-feira de Cinzas os calhambeques com seus ocupantes se dirigiam para a praia de Atalaia onde acontecia a perigosa e divertida "Corrida dos Calhambeques" na qual os carros realizavam os "pegas" e manobras arriscadas como os "cavalos de pau".
Também na quarta-feira de Cinzas acontecia o célebre e concorrido encontro das bandas rivais do Iate clube de Aracaju e do Cotinguiba Esporte Clube nas proximidades da praça Inácio Barbosa.
Na atualidade, o Carnaval aracajuano acontece ao som de trios elétricos nas manhãs de sol na praia de Atalaia e na praça dos mercados centrais, o famoso "Clube do Povo", no qual dezenas de milhares de pessoas dançam ao som de bandas que se apresentam no palco. Acontece também a eleição e aclamação e do Rei Momo e da Rainha do Carnaval que recebem do prefeito a "chave da cidade".




CAPOEIRA

O Surgimento


     O surgimento da Capoeira no Brasil foi devido as condições em que os escravos eram obrigados a viver , condições que muitas vezes os levavam a morte. A cultura africana sofre modificações face à nova realidade e toda a revolta de um povo vai se moldando a ânsia de liberdade , surge então a capoeira uma luta em forma de dança que tornou realidade um sonho chamado de liberdade.

A luta

     A Capoeira é uma luta de defesa e ataque em que os praticantes usam os pés e a cabeça sendo as mãos de menor uso, mas nunca de menor importância tanto para o ataque como na defesa. Os europeus acostumados a lutar com as mãos não tinham a menor chance contra os negros e perdiam fácil. Os senhores de engenhos proibiram então a prática dessa luta entre os escravos, sofrendo pressão da Polícia Imperial e Milícia Republicana, Os negros, porém acharam uma solução: disfarçaram a Capoeira colocando mímicas e danças acompanhadas de músicas. Quando o feitor passava pelos negros "Brincando de Angola" batia palmas , apreciava , achava bonito sem saber que ales estavam praticando a já proibida capoeira. Assim disfarçada em divertimento a capoeira sobreviveu até os dias de hoje.

Mestre Moraes- "Capoeira é um diálogo de corpos, eu venço quando o meu parceiro não tem mais respostas para as minhas perguntas".

Golpes

     A Capoeira (de Angola) tem um número relativamente pequeno de golpes que podem, no entanto, atingir uma harmoniosa complexidade através de suas variações. Assim como a música tem apenas sete notas. Os seus principais golpes são: Cabeçada, Rasteira, Rabo de Arraia, Chapa de Frente, Chapa de Costas, Meia Lua e Cutilada de Mão.

Música




     

     A Capoeira é a única modalidade de luta marcial que se faz acompanhada por instrumentos musicais. Isso se deve basicamente às suas origens entre os escravos, que dessa forma disfarçavam a prática da luta numa espécie de dança, enganando os senhores de engenho e os capitães do mato. No início esse acompanhamento era feito apenas com palmas e toques de tambores. Posteriormente foi introduzido o Berimbau instrumento composto de uma haste tensionada por um arame, tendo por caixa de ressonância uma cabaça cortada.


FESTA JUNINA

  Junho é o mês de São João, Santo Antônio e São Pedro. Por isso, as festas que acontecem em todo o mês de junho são chamadas de "Festa Joanina", especialmente em homenagem a São João. O nome “joanina” teve origem, segundo alguns historiadores, nos países europeus católicos no século IV. Quando chegou ao Brasil foi modificado para junina. Trazida pelos portugueses, logo foi incorporada aos costumes dos povos indígenas e negros. A influência brasileira na tradição da festa pode ser percebida na alimentação, quando foram introduzidos o aipim (mandioca), milho, jenipapo, o leite de coco e também nos costumes, como o forró, o boi-bumbá, a quadrilha e o tambor de crioula. Mas não foi somente a influência brasileira que permaneceu nas comemorações juninas. Os franceses, por exemplo, acrescentaram à quadrilha, passos e marcações inspirados na dança da nobreza europeia. Já os fogos de artifício, que tanto embelezam a festa, foram trazidos pelos chineses. A dança de fitas, bastante comum no sul do Brasil, é originária de Portugal e da Espanha. A quadrilha foi absorvida da França. No entanto, aqui a dança é realizada ao ar livre e os participantes obedecem às marcas ditadas por um organizador de dança. Para os católicos, a fogueira, que é maior símbolo das comemorações juninas, tem suas raízes em um trato feito pelas primas Isabel e Maria. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel acendeu uma fogueira sobre o monte.

SÃO JOÃO: DIA 24 DE JUNHO

     Santo muito comemorado no mês de junho é São João. Esse santo é o responsável pelo título de "santo festeiro", por isso, no dia 24 de junho, dia do seu nascimento, as festas são recheadas de muita dança, em especial o forró. Para os católicos, a fogueira, que é maior símbolo das comemorações juninas, tem suas raízes em um trato feito pelas primas Isabel e Maria. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel acendeu uma fogueira sobre o monte. Para os católicos, a fogueira, que é maior símbolo das comemorações juninas, tem suas raízes em um trato feito pelas primas Isabel e Maria. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel acendeu uma fogueira sobre o monte. Para os católicos, a fogueira, que é maior símbolo das comemorações juninas, tem suas raízes em um trato feito pelas primas Isabel e Maria. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel acendeu uma fogueira sobre o monte. Para os católicos, a fogueira, que é maior símbolo das comemorações juninas, tem suas raízes em um trato feito pelas primas Isabel e Maria. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel acendeu uma fogueira sobre o monte. Para os católicos, a fogueira, que é maior símbolo das comemorações juninas, tem suas raízes em um trato feito pelas primas Isabel e Maria. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel acendeu uma fogueira sobre o monte.




                                                                                Até o sol RAIÁ










FOLCLORE

FOLCLORE DO NORDESTE

     Folclore é um vocábulo de origem inglesa e significa ''conhecimento popular''. É um fenômeno antropológico, ligado às manifestações culturais do povo. Qualquer crença ou hábito coletivo que tenha origem popular pode ser considerado uma expressão folclórica.

EXPRESSÕES FOLCLÓRICAS

     A ciranda é uma dança muito conhecida no Brasil como brincadeira infantil, porém na região nordeste, principalmente em Pernambuco, ela é uma dança de rodas de adultos. Os participantes podem ser de várias faixas etárias e as crianças também podem participar. A ciranda é uma dança típica das praias, especialmente no norte pernambucano, mas sua prática não se restringe ao litoral.




     O bumba meu boi é um espetáculo do folclore nordestino e, provavelmente, o mais conhecido de todo o país. O folguedo deriva de tradições espanhola e portuguesa, e sua origem se encontra no final do século XVIII. Surgiu no nordeste, mas disseminou-se por quase todos os estados, especialmente os do Pará e da Amazônia. 
     A brincadeira faz dançar, cantar e tocar, em volta de uma carcaça de boi bailante. Um agregado de pessoas chamadas brincantes completa a festa. A dança mostra o contraste entre a fragilidade humana e a força bruta de um boi, e o desenlace é sempre feliz.

Danças:
 
     Frevo: famosa pelos movimentos rápidos de trocas de pernas e seus guarda-chuvas coloridos, é a dança típica do Recife, Olinda e região.

      Maculelê: dança executada apenas por homens que se movimentam batendo seus bastões de madeira, produzindo um som que ritma a música entoada por eles.

     Samba de Roda: muito comum no Recôncavo Baiano, originou-se nas senzalas e foi amplamente expandido após a libertação dos escravos. É, ainda hoje, considerado uma das grandes influências da música brasileira.

Tradições:

     Lavagem do Bomfim: exemplo das grandes festas populares de fundo religioso, esta acontece na primeira quinta-feira do ano, na Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, em Salvador, misturando o sagrado e o profano. A festa originalmente católica conta com ampla participação das mães de santo do Candomblé, com seus vasos de água de cheiro e pipoca dando banhos nos participantes e lavando as escadarias da igreja.

     Literatura de Cordel: gênero originado dos “repentes”, cancioneiro construído da improvisação, com a diferença que o repente é cantado (oral), enquanto o Cordel é escrito. Seus poemas descrevem os mais variados assuntos, desde a vida do sertanejo até as mazelas sociais.

     Festas Juninas: como o próprio nome diz, acontecem no mês de Junho, em homenagem aos santos do mês: Santo Antonio, São João e São Pedro. O forró, xaxado, xote, baião e seus derivados animam os festejos, que se estendem por quase todo o mês, regado a muita comida típica, como canjica, amendoim cozido, bolos variados – milho, aipim, fubá, quentão e muito licor pra esquentar do frio que toma conta das noites do interior.

Lendas



     As lendas são histórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.Ex: mula-sem-cabeça, lobisomem, saci pererê, curupira, boto cor de rosa.

Mitos


     Os mitos são narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como os povos da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo. Os mitos também serviam como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre perigos ou defeitos e qualidades do ser humano. Deuses heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo.


http://ceticismo.net/2010/03/14/mitos-nordestinos/

http://www.ctn.org.br/cultura/pesquisas/finfantil.php

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O FREVO

     O frevo apareceu em Pernambuco entre 1910 e 1911 como um novo ritmo carnavalesco. Sofreu influência direta da capoeira: o passo (dança do frevo) foi originada por capoeristas, que, para intimidar outras troças (orquestras carnavalescas), faziam movimentos exóticos. Com o tempo, esses movimentos se uniram a música e deu-se início ao frevo. Além disso, os capoeristas utilizavam cabos de guarda-chuvas com arma contra grupos rivais.

 

     Esta é uma dança que possui ritmo acelerado e passos bem complicados, como o uso de: gingados, malabarismos, rodopios, passinhos miúdos e muitos outros passos. Suas músicas, na grande maioria, não possuem letras, sendo tocadas por uma banda que segue atrás dos trios. Os dançarinos de frevo possuem muita técnica, mas o que realmente impressiona é a improvisação. Para caracterização, geralmente a vestimenta é de uso cotidiano, sendo a camisa mais curta que o comum e justa ou amarrada à altura da cintura, a calça também de algodão fino, colada ao corpo, variando seu tamanho entre abaixo do joelho e acima do tornozelo, toda a roupa com predominância de cores fortes e estampada. A vestimenta feminina se diferencia pelo uso de um short sumário, com adornos que dele pendem ou mini-saias, que dão maior destaque no momento de dançar. Além disso, utilizam uma sobrinha aberta.

     Em 1951, o Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas do Recife fez uma excursão no Rio de Janeiro. O sucesso foi tanto que o ritmo pegou e invadiu o carnaval da cidade maravilhosa. Dias depois, ao aportar em Salvador, cidade bucólica que ainda via os carnavais com as famílias povoando de cadeiras as calçadas da Avenida Sete de Setembro, o Clube Vassourinhas foi convidado a fazer uma apresentação nas ruas da capital baiana. Tudo sob o acompanhamento daquela fanfarra de 65 músicos, o maior conjunto de metais já visto na Bahia até então. Com seus metais em brasa, a banda militar estava ali pondo fogo nas ruas da capital baiana e fazendo a história da música popular brasileira. Ao ingressar na Avenida Sete, ao som de sua Marcha nº. 1, composta em 1909 por Joana Batista e Matias da Rocha e conhecida nacionalmente como o Frevo dos Vassourinhas, a turba que acompanhava o clube tomou-se de delírio. Assim começa a história do frevo na Bahia.